domingo, abril 1

Das elações do dia...

Hoje foi um dia diferente, larguei tudo, esqueci tudo e saí, não só saí de casa mas saí de mim, e quando voltei trouxe um estranho, vim diferente!

Hoje apercebi-me do quanto tenho mudado, do quanto a vida na sua genuína amargura me tem transformado...Não, não me sinto uma pessoa amarga, de todo, acho que nunca o serei, pelo menos assim espero, mas de certo que sou mais decidida, mais directa, menos lunática...

Neste momento sou mulher de opiniões formadas, e sinto isso quando me saem comentários da boca sem pensar muito neles porque parecem já ser parte de mim, já parecem ter sido destilados à muito, deduzidos à muito...

Hoje foi dia de sentir as perdas de perto, de sentir saudade e de sentir que não pertenço a nenhum lugar e ao mesmo tempo tenho as raízes bem fundas num só sitio...

Não pertenço a nada e não tenho o meu porto seguro neste momento, no entanto também não consigo sair e simplesmente largar tudo e partir!

Hoje penso ser o dia de encarar a vida! Desde há algum tempo que quero estar sempre ocupada com algo, começo a sentir que é um escape para não estar sozinha comigo, como se quisesse esquecer e saltar etapas, chegar ao fim mais rápido...E não é isso que quero da vida, penso ter chegado a altura de encarar com garra, de parar e estar comigo, de me reencontrar!

Depois disso é olhar de frente e agarrar o touro pelos cornos! A partir daí mais ninguém me segura!


Até lá...continuo à procura!

3 comentários:

Cecília Fernandes Vigário disse...

Um dia vais constatar que o teu eu sozinho é dos maiores tesouros que possuis. E quando o amares de verdade, não o substituindo por nada, serás capaz de amar melhor e deixar que te amem. Serás capaz de definir o que é ou onde é esse tal porto seguro. Com o passar do tempo tornas-te mais genuina e isso é bom... por muito que não pareça! :) Paciência amor*

A Loira disse...

Chama-se maturidade.

Anónimo disse...

Sabes acho que nunca ninguém tinha descrito tão bem o que me tem acontecido ao longo dos anos. A ideia de me manter ocupado para não pensar na vida acho que tem sido uma constante.