segunda-feira, agosto 13

Quando...

Quando alguém nos olha de forma tão profunda e nos toca a alma com a leveza e determinação que um amor exige, quando esse alguém se torna transparente aos nossos olhos e todas as atitudes e gestos passam a ter uma tradução instantanea e um significado atribuido, quando basta um olhar para que saibamos tudo aquilo que vai dentro da alma, todos os tormentos já passados e todas as crenças enraízadas numa personalidade forte e vincada.

Quando cremos que a vida só faz sentido se permanecer-mos na contínua descoberta desse alguém e que nada pode ser verdadeiramente real sem que essa pessoa participe em todos os momentosda nossa vida.

Quando sentimos que tudo o que fazemos, tudo o que somos, tudo o aquilo em que acreditamos, é fácilmente conjugado com tudo o que recebemos desse outro ser.

Quando daríamos a nossa vida por esse alguém, sem olhar para trás, sem pensar duas vezes, só porque esse alguém nos roubou a alma, nos roubou tudo o que somos e nada mais faz sentido, nada mais importe pois passamos a ser um corpo sem alma que não passa de algo oco, vazio e desprovido de sentido ou de vontade, não passa de uma carcaça vazia sem importância.

Quando se é tão importante que se torna difícil a ausência e a distância que a vida por vezes insiste em impingir...e é aí que dói mais, que custa mais a sarar, que se torna insuportável a ausência, que se torna sufocante a perda!!!

Mas...

1 comentário:

Cecília Fernandes Vigário disse...

Quando constatamos que a entrega foi verdadeira, que houve junção transcendente de almas, que se ama, no verdadeiro sentido da palavra. Porque só é possível alguém fazer parte de nós, parte integrante daquilo a que chamamos ser, quando acreditamos e constatamos que nos preenche, nos completa, nos engrandece. E quando falta... ai quando falta!!!